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Crianças de 2 a 6 anos

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Na hora das más notícias

Devemos poupar os filhos do sofrimento de saber das más notícias, como por exemplo a morte de um parente, de um animal de estimação, uma separação, etc.?

Há sofrimentos que são evitáveis, e deles as crianças devem ser poupadas. Mas quanto aos demais, a criança precisa saber. Nunca de forma brusca. Mas em linguagem apropriada para a idade e capacidade de compreensão da criança, ela tem o direito e precisa saber da verdade. Eles sofrem muito mais com o boato, com a falta de informação, do que com a verdade em si.

Eles têm uma grande capacidade de perceberem as mudanças no ambiente ou no ânimo dos adultos, e se não forem informados do que está ocorrendo, geralmente irão imaginar coisas ainda piores que a realidade. E, além disso, as crianças tem uma tendência a se imaginarem como culpadas por aquela ocorrência. Por isso, além de informar seu filho, esclareça que ele não tem culpa pelo que ocorreu.

Mas poupar as crianças de sofrimentos não é uma forma de bem educar?

Esta é uma pergunta-chave, pois trata de um erro muito comum dos pais.

É impossível poupar alguém dos sofrimentos que são inerentes à vida em nosso planeta. É claro que os bons cuidados com a alimentação, vacinas, remédios e outros, têm a função de prevenir e evitar muitas dificuldades. Mas estes sofrimentos fazem parte do processo de crescimento e amadurecimento do ser humano, e é desde pequeno que a criança precisa aprender a lidar com essa realidade. Tentar poupá-la, “tapando o sol com a peneira”, só vai privá-la de um importante aprendizado.

Mas como se deve proceder no caso de falecimento de uma pessoa da família?

Este é um daqueles sofrimentos inevitáveis. Mais uma vez, a mentira ou omissão vão causar na criança um sofrimento adicional. Ela precisa saber da verdade, contada de forma adequada à sua idade, e dentro das convicções religiosas da família. Desta forma ela poderá vivenciar o luto da perda, uma processo necessário para manter sua saúde psicológica. Inventar mentiras, geralmente esdrúxulas, é contra-indicado.

Ruy do Amaral Pupo Filho
Pediatra, Sanitarista e Escritor

 
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