Bebês até 1 ano
Tudo o que você precisa saber sobre as primeiras descobertas da criança estão aqui. Entenda o que acontece durante essa fase, desde recém nascidos até o primeiro ano de vida!
Existe tratamento para bebês com a cabecinha torta?
Essa é a pergunta mais feita pelos pais de bebês que apresentam algum tipo de assimetria craniana. E a resposta, para alívio de todos, é: Sim! Podemos reverter o quadro com muito sucesso e em pouco tempo!
Adoro dar essa boa notícia aos pais, que normalmente chegam ao consultório bastante angustiados. A tensão vivida por eles desaparece quase que instantaneamente. Claro, na sequência surgem mais e mais perguntas, mas todas são sanadas com bastante tranquilidade.
O que procuro deixar sempre muito claro é uma premissa básica para o sucesso do tratamento. O bebê precisa ser submetido às iniciativas de correção entre os 4 e 14 meses de idade. Depois disso, infelizmente, não há o que ser feito.
A primeira recomendação e a mais importante é observar o comportamento do bebê e também das pessoas que convivem com ele, como os próprios pais, avós, tios, primos, babás e até irmãos. É que dependendo de como a criança estiver recebendo os estímulos sonoros e visuais, poderá desenvolver o apoio viciado da cabecinha em apenas um ponto. Explico melhor: imagine que o berço do seu bebê esteja posicionado em um dos cantos do quarto, encostado à parede, que por sua vez é branca. Tudo que for dito ou mostrado ao bebê virá do lado oposto à parede, ou seja, o bebê terá a tendência de apoiar a cabeça sempre em um dos lados para acompanhar o que acontece à sua volta.
Como mencionei no artigo anterior, a cabeça cresce muito mais do que o corpo do bebê nos primeiros meses de vida e as suturas cranianas estão aberta para viabilizar o desenvolvimento do cérebro. Com o apoio viciado, a cabeça tende a crescer para as regiões livres de apoio. O resultado disso tudo é a assimetria!
Por esse motivo, sempre indico que após a observação desses costumes a família modifique algumas coisas. No caso do berço, quando possível, o ideal é posicioná-lo no meio do quarto e provocar estímulos à criança de maneira variada. Se o espaço não for suficiente para tal, uma dica é alternar a posição do neném no próprio berço. A cabeceira pode fazer as vezes do pé da caminha em algumas noites e você terá a alternância do local de apoio.
Outra dica bacana é ficar atento à posição do bebê na hora de dormir. Essa parte é um pouco mais difícil e exige mais atenção da mãe, do pai ou da cuidadora. A ideia é que sempre que a criança posicionar a cabeça no ponto com maior incidência de assimetria, um desses responsáveis possa modificar tal apoio, provocando o costume de virar a cabecinha para o lado contrário. O mesmo vale para os momentos em que a criança estiver no bebê conforto, cadeirinha do carro etc.
Também vale estimular a criança de formas diferentes. O que acha, por exemplo, de colocá-la para brincar com a barriguinha apoiada na cama ou mesmo no chão? Essa posição, conhecida como “Tummy Time, além de não possibilitar o apoio da cabeça, vai estimular o bebê a fortalecer a musculatura do pescoço e das costas, um auxílio importante ao seu desenvolvimento!
Recomendamos a alteração da rotina e desses comportamentos pelo período de um mês. Após esse tempo sempre faço uma nova avaliação da assimetria apresentada pelo bebê. Boa parte dos casos é revertida com essas dicas simples, mas desconhecidas de muita gente.
No próximo artigo, vou comentar um pouco mais sobre o que pode ser feito quando o reposicionamento do bebê não surte efeito. Até mais!
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