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Segunda-feira, 30/12/2024
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Bebês até 1 ano

Tudo o que você precisa saber sobre as primeiras descobertas da criança estão aqui. Entenda o que acontece durante essa fase, desde recém nascidos até o primeiro ano de vida!

A importância dos primeiros dias de vida

Quando o bebê nasce, diversas impressões sobre sua mãe e o ambiente externo ao útero já foram apreendidas. Dentre elas, o barulho do coração da mãe e o som da voz do pai estão entre os mais importantes.

Ao chegar ao mundo,  outras tantas novas impressões sensoriais inundam o recém- nascido. Cheiros, gostos, sons, luzes que nós, adultos, já estamos acostumados. Essas novas impressões podem ser vividas pelo bebê como sendo confortáveis ou não. Cabe aos pais e às pessoas que cuidam do bebê fazerem o papel de quem acolhe essa criança quando ela se sente desconfortável e, também, o papel de quem ensina os nomes dessas novas sensações e estímulos ao pequeno ser humano.

Esse trabalho tão importante é feito normalmente pelas mães e de forma bem natural. Um exemplo é quando bebê chora e a mãe tenta descobrir se o choro é de fome, de cólica ou de frio. Ao fazer essa tentativa, que não precisa estar certa na primeira vez (nem na segunda), a mãe acalma seu bebê apenas por estar tentando ajudá-lo, e ainda o ensina a reconhecer os estímulos que vem de seu próprio corpo.

Outro exemplo é quando a mãe, ao acariciar seu bebê, vai lhe dizendo que aquele é um ato de carinho e amor. Por mais teórico que isso possa parecer, mães, pais, avós, tios, tias, padrinhos e madrinhas fazem isso sem perceber. E é essencial para essa vida que se inicia que isso seja feito.

A importância dos primeiros dias da vida de uma criança está justamente nesses atos de carinho e proteção. Através deles as pessoas próximas vão dizendo para o recém-nascido, com gestos e palavras, o quanto ele pode sentir-se seguro, pois as sensações ruins que o levam ao choro serão aplacadas por seus cuidadores.

Um motivo de preocupação são as mães que, nesse período importante, encontram-se ausentes dos cuidados devido a um quadro depressivo, por exemplo, ou a outras causas incapacitantes. Em casos assim, devemos contar com o auxilio do pai ou de outro cuidador. E, principalmente, cuidar também da mãe. Identificar rapidamente os primeiros sinais de tristeza, choro fácil, distanciamento afetivo do bebê e dos familiares.  Um tratamento adequado melhora os sintomas e faz com que a situação se normalize e a relação mãe-bebê seja prontamente estabelecida. Pode haver a necessidade da ajuda de um psicoterapeuta ou de um psiquiatra, além do pediatra e do obstetra.

Drª Thaís Zélia dos Santos
Psiquiatra

 
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