Publicidade
Sexta-feira, 26/07/2024
Busca
Buscar
Facebook
Twitter
RSS
Cadastre seu e-mail em nossa newsletter

Bebês até 1 ano

Tudo o que você precisa saber sobre as primeiras descobertas da criança estão aqui. Entenda o que acontece durante essa fase, desde recém nascidos até o primeiro ano de vida!

A disfonia infantil

Observa-se que pais e professores se mostram bem mais atentos ao desenvolvimento da linguagem e à precisão articulatória do que as alterações vocais na infância, chamada disfonia infantil.

Estudos apontam maior incidência de disfonia entre 5 e 10 anos, numa proporção de três meninos para uma menina.

Os fatores que podem causar, predispor, ou agravar a disfonia infantil são os hábitos vocais inadequados, os fatores ambientais físicos e psicológicos (observar o tipo e a localização da casa e da escola, a poluição atmosférica e a competição sonora, pois esses fatores podem obrigar a criança a usar esforço e intensidade vocal excessivos. Quanto ao ambiente psicológico é importante observar a qualidade da relação familiar, porque geralmente crianças que “não se sentem ouvidas” procuram ganhar seu espaço, através da voz, estrutura da personalidade (a ansiedade é o fator da personalidade que mais tem sido relacionado às disfonias infantis ), inadaptação fônica ( o aparelho que produz a voz é formado por várias estruturas; se algumas dessas estruturas não funcionar bem, a voz, certamente ficará comprometida), fatores alérgicos (os processos alérgicos que acometem o sistema respiratório como rinite ou sinusite podem consequentemente prejudicar a produção da voz).

Uma das consequências das alterações vocais são os nódulos. As crianças costumam abusar de suas vozes frequentemente. Os pais das crianças com disfonia as descrevem com as seguintes características: não param, gritam muito, são difíceis de lidar, falam o tempo todo e não conseguem falar baixo. Às vezes, apresentam uma piora na voz nas atividades físicas.

O modelo vocal que a professora, normalmente usa em  sala de aula e o que os pais usam em casa acabam influenciando as crianças. Por estas razões, pais, professores e alunos precisam ser esclarecidos sobre como manter a saúde vocal. É importante ter um programa de higiene vocal infantil nas escolas, para prevenção de problemas vocais. Os alunos têm nos professores e pais um modelo vocal. A voz deve ser calma, de timbre agradável e que inspire confiança. Os pais, por outro lado, devem assegurar um ambiente saudável aos seus filhos,  com segurança e carinho. Pais e professores podem ajudar na prevenção ou no tratamento junto aos profissionais que tratam destas alterações, como otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos.

Ao se perceber alterações constantes como rouquidão, esforço para falar ou até mesmo perda da voz  em crianças é importante procurar um fonoaudiólogo para uma avaliação e tratamento o mais precoce possível, para que estes sintomas não evoluam e  não interfiram no desenvolvimento normal da criança.

Orientamos aos pais como tornar o ambiente familiar mais tranquilo, estabelecer uma rotina adequada para a criança, evitar a competição sonora e especialmente a competição vocal, poupar a permanência da criança em ambientes ruidosos, substituir as vocalizações forçadas e abusivas nos jogos e brincadeiras por outros comportamentos alternativos, criar um código para alertar a criança quando a mesma vocaliza de forma abusiva, ao invés de chamar sua atenção constantemente, selecionar músicas apropriadas para a criança, incentivar a prática de esportes, especialmente os individuais ou de salão. É importante a prevenção de situações que causem problemas vocais em crianças.

Samira Bakhit Fakhory
Fonoaudióloga

 
Deixe seu comentário:
Nome:
E-mail* ( Seu e-mail não será divulgado! )
Comentário*
 
Gestação Semana a semana

E-mail

Senha