Crianças de 2 a 6 anos
As melhores dicas de desenvolvimento, saúde, educação, comportamento e entretenimento para os pequenos.
A criança no divã
Durante todo o tempo em que atendi, muitas (verdadeiramente MUITAS) mães me procuraram para que seus filhos fossem atendidos por mim. Nem todas, eu aceitei. Explico o porquê.
Vamos primeiramente imaginar a situação de terapia em adultos. Eu (ser maduro, dotado de liberdade e dono de minhas emoções) me sinto despreparado para enfrentar determinada situação em meu dia-a-dia. Sou inseguro, ansioso, medroso, assustado, enfim, uma variedade infinita de possibilidades que o próprio adulto pode julgar. Bem, eu procuro a terapia por achar que estou assim e tenho condições de mudar.
Agora, vamos à criança. Basicamente, a criança age pelo “princípio do prazer”, age atendendo suas vontades. E, normalmente, está bastante satisfeita com os resultados de suas ações e comportamentos.
Uma criança buscaria terapia? Mude a pergunta para facilitar o entendimento. Por que uma criança buscaria terapia? Ela vive feliz, tem suas vontades atendidas.
Aqui chegamos a um ponto importante. Sempre que me solicitam atendimento a uma criança são os pais que têm queixa sobre um (ns) determinado(s) comportamento(s) de seu filho. A criança não deseja (voluntariamente) esta mudança.
E posso assegurar aos senhores que são OS PAIS, responsáveis por 99% dos comportamentos de seus filhos. Inclusive, os indesejados por eles!
De nada adianta levar seus filhos a terapias se os PAIS não acompanharem as sessões. Muitas vezes, (ouso dizer na maioria delas) que com pequenas mudanças de hábitos dos pais é possível ver mudanças substanciais no comportamento indesejado do filho. Mãe melhor, filho melhor!
Porém deixar o filho por alguns minutos na terapia pode ter a sua eficiência. Mas deixo claro uma forma MUITO melhor. Acompanhem seus filhos (caso a terapia seja a melhor solução), mas antes procurem olhar para vocês mesmos. Vejam onde e quando este comportamento apareceu. Como VOCÊS estavam emocionalmente? É possível pensar em mudanças nos pais para que o filho também mude? Ou devemos pensar que os filhos mudem sozinhos?
É lógico que a terapia tem sua importância, mas devemos saber que não é algo mágico. Quando se trata de terapia de crianças posso assegurar que são poucos os casos em que mudanças na própria criança são necessárias.
É um assunto complicado e polêmico. E escreverei mais sobre este tema em colunas futuras.
Artigos Relacionados
- Pais
- De uma mãe que trabalha para uma mãe dona de casa
- Resgatar jogos, brinquedos e brincadeiras tradicionais com roupagem atual
- Queijo de Iogurte
- Dicas preciosas para ajudar no início da amamentação
- Como prevenir e tratar as câimbras durante a gravidez através dos alimentos
- Como o bebê aprende
- A Educação Infantil não é um sofrimento para as crianças pequenas é o alicerce da vida adulta
- Waffle
- O nascimento de um bebê com deficiência
- Filho com necessidades especiais: escola x família
- Conflito pais x adolescentes
- Atividades extracurriculares
- O estresse infantil
- Bases para um diálogo com jovens