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Bebês até 1 ano

Tudo o que você precisa saber sobre as primeiras descobertas da criança estão aqui. Entenda o que acontece durante essa fase, desde recém nascidos até o primeiro ano de vida!

Fissura labiopalatal ou lábio leporino

A fissura labiopalatal ou lábio leporino é um tipo de má formação congênita que ocorre durante o desenvolvimento do embrião no útero materno, sua formação acontece da 5ª a 8ª semana.

Caracterizado por uma abertura na região do lábio ou palato de um ou dois lados, atinge sempre o lábio superior dividindo-o em dois seguimentos e se estendendo até o sugo entre o dente incisivo lateral e o dente canino. Pode atingir a gengiva e o maxilar superior e chegar até o nariz. A maior incidência é entre pessoas de etnia amarela (chineses, coreanos, japoneses) e menores em etnia negra.

No Brasil, estima-se que a cada 650 nascimentos, nascem uma criança com fissura labiopalatal. No Rio de Janeiro, os números giram na mesma faixa; já o estado do Ceará, é considerado o mais afetado do país, aonde a média chega a uma criança, para cada 500 nascidas.

São vários os fatores que implicam no aparecimento desta afecção, como:

  • Uso de álcool ou cigarros,
  • Realização de raios-x na região abdominal
  • Ingestão de medicamentos,
  • O uso de  anticonvulsivantes ou corticóide durante o primeiro trimestre gestacional,
  • Deficiências nutricionais, infecções e também a hereditariedade.

A única forma de corrigir o lábio leporino é através de cirurgia e, segundo especialistas, a cirurgia dura em média 45 minutos e a estimativa de alta é dentro de 24 horas.

Hoje, com a evolução de imagem dos aparelhos de ultrassom, a doença pode ser diagnosticada antes mesmo do parto permintindo que, logo após o nascimento, a cirurgia corretiva seja realizada.

Quanto mais cedo começarem as correções, mais rápido aparecem os resultados. Na maioria das vezes é necessário em média de cinco a sete cirurgias entre corretivas e estéticas, para que haja um perfeito resultado.

A primeira cirurgia do lábio é realizada normalmente aos três meses de idade, quando a criança já deve ter aproximadamente 5 kg.

Quanto à cirurgia de palato duro (que é uma fina camada óssea do crânio localizada no teto da boca e separa a cavidade oral da porção nasal da faringe) é realizada apenas quando a criança chega ao primeiro ano de vida.

Para que a criança tenha uma boa alimentação sem refluir pelo nariz, antes do período da realização cirurgica, é necessário tomar vários cuidados e desenvolver técnicas de amamentação, onde a mãe precisa ter um empenho fundamental para o sucesso do tratamento. Casa não seja possível à amamentação materna, a mãe é orientada a fazer a ordenha e amamentar a criança pela mamadeira, pois este procedimento é primordial para que o bebê ganhe peso para a cirurgia. Algumas vezes é indicado o uso de placas palatinas pré-moldadas, de fácil manejo e que ajudem na amamentação.

No caso da fenda se estender até o palato, há maior risco das crianças aspirarem ao alimento provocando algumas infecções como pneumonias e otites. As otites podem causar prejuízos no desenvolvimento da fala e da linguagem.

As anemias também são freqüentes nas fissuras labiopalatais, mas podem ser solucionadas com uma dieta balanceada além de sulfato ferroso. O aleitamento materno é indicado para evitar infecções, combater a anemia e fortalecer a musculatura da face e boca, além de manter a produção de leite da mãe. Quando o bebê não ganha peso suficiente, é necessário uma complementação alimentar, mas sem suspender a amamentação, pois o ato de sucção faz com que haja aumento no vínculo entre mãe e bebê.

Sem o devido tratamento, as fissuras podem provocar seqüelas graves, como a perda da audição, problemas de fala e déficit nutricional, além do sofrimento com o preconceito.

É possível a total reabilitação do paciente com fissura labiopalatal. Quanto mais cedo a intervenção, melhor. O tratamento é pode ser longo, tendo início desde o nascimento e muitas vezes vai até a fase adulta.

Equipe Filhos & Cia
Por Marcela França

 
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