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Gestantes

Esta seção vai ajudar as gestantes a entenderem melhor o milagre da gravidez

Ter um filho…

Mais que uma conquista, ou a realização de um ideal, esta pode ser a melhor resposta para a  eterna pergunta – “qual o sentido da vida?”

Na própria Bíblia encontramos a indicação – “crescei e multiplicai-vos”. Também em nosso código genético isto  está registrado. Quando chega a hora, os genes da reprodução despertam. Meninos e meninas abandonam seus carrinhos e suas bonecas, e surge a mais poderosa força humana do universo. Aquela que atrai homens e mulheres, para realizarem o que está biologicamente determinado: a preservação da espécie.

É claro que na esfera humana tudo isto está envolvido pelo mais nobre dos sentimentos, o amor.

Assim, para a maioria das pessoas, ter filhos é algo muito importante.

Mas como cuidar deste filho da melhor forma, de maneira tranqüila e prazerosa? Como garantir o melhor futuro possível a este pequeno ser tão dependente de cuidados?

A experiência de ter filhos é idealizada como algo natural, simples e maravilhoso.Só que nem sempre é assim.  Por falta de preparo, ou por uma certa imaturidade, o período peri-natal (antes, durante e depois do  parto), pode ser muito difícil. Pode tornar-se até um pesadelo para os pais. Mesmo os que dizem que sua vida se alterou muito pouco após o nascimento dos filhos concordam: nunca mais se dorme uma noite como antes, totalmente despreocupado.

São muitas as armadilhas. A gravidez é um período em que normalmente já existe alguma ansiedade. O período que cerca o parto é ainda mais cansativo. Vencida esta etapa vem a amamentação. Pelo menos no início a mãe se dedica exclusivamente ao seu pequeno. Pode sobrevir uma grande tensão familiar, gerando mais ansiedade, stress e até a temida depressão.

O ritmo de vida do casal muda bruscamente. São muitas noites maldormidas ou mesmo não dormidas. Inúmeras visitas à farmácia para comprar medicamentos e complementos, quase sempre desnecessários.

É essa a situação que o pediatra constata ao consultar esta família, que vem à primeira consulta quando o bebê já tem cerca de 10 dias de vida. Muitas vezes ele já deixou de mamar o peito e está usando a mamadeira quase que irreversivelmente.

A situação é típica. Chega a família toda. Pai, mãe, bebê, as duas avós e as vezes até os dois avôs (aí o caso já é muito grave!). Todos cansados e esgotados. Brigam entre si, o bebê chora… O pai, carregado de pacotes, fica sentado num canto, entregue.

É nesta hora que já ouvi, de muitos pais, uma reclamação. Ou até uma justificativa para a situação que estão vivendo: “- Sabe, doutor, o problema é que o bebê não veio com um manual de instruções!” Claro que cada criança é um ser único e mereceria um manual próprio.

Ao longo destes anos de prática pude perceber que a informação adequada fornecida aos pais na hora certa, pode evitar muitas destas dificuldades. Ou pelo menos atenuá-las bastante. De tal forma que a chegada do bebê possa ser realmente festejada, curtida e vivenciada como um momento especial e único na vida daquelas pessoas. Sem nenhum tipo de sofrimento desnecessário.

É claro que inúmeros fatores vão determinar as diferentes situações. A formação pessoal do casal, sua idade, seu grau de maturidade, suas experiências de vida… Todos as circunstâncias porém, já serão de conhecimento do médico se o casal tiver realizado a entrevista com o pediatra durante o pré-natal.

A tudo isto o pediatra tem de estar atento, para trazer à família a consciência do momento que vivem, e a informação de que necessitam para receberem da melhor forma aquela criança.

Ruy do Amaral Pupo Filho
Pediatra, Sanitarista e Escritor

 
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