Bebês até 1 ano
Tudo o que você precisa saber sobre as primeiras descobertas da criança estão aqui. Entenda o que acontece durante essa fase, desde recém nascidos até o primeiro ano de vida!
A amamentação – Os primeiros dias
Nos primeiros dois ou três dias o bebê vai mamar o colostro, até que comece a produção do leite. O colostro começa a ser produzido ainda durante a gestação e muitas mães já percebem a saída de algumas gotas pelos mamilos. O colostro tem um aspecto esbranquiçado e um volume pequeno, mas corresponde a um verdadeiro “leite condensado”, um concentrado de substâncias fundamentais para o bebê. Ele é riquíssimo em defesas imunológicas e desenvolve no intestino do bebê bactérias positivas para suas defesas. Podemos dizer que o colostro é a primeira vacina do recém-nascido.
Como seu volume é pequeno, muitas mães se queixam, nesses primeiros dias, de que seu bebê suga bem, mas que nada sai do peito. Isto não é verdade. O bebê está mamando este colostro, e após aproximadamente 72 horas, acontece a descida do leite, através do estímulo dado pela sucção do mamilo.
Muitas vezes o volume de leite que vem é tão grande que o bebê não dá conta e o peito começa a ficar cheio demais, as vezes até empedrando. Para evitar isso é preciso esvaziar o peito após a mamada. A melhor maneira de faze-lo é “ordenhando” o seio no chuveiro. A técnica consiste em abraçá-lo com as duas mãos e num movimento de ordenha, começando pela base, junto ao tórax, trazer as mãos até o bico. Ao mesmo tempo a mulher deve massagear o seio, procurando caroços ou locais onde o leite esteja se acumulando e com os dedos tentar desmanchar esses acúmulos.
Após alguns dias a produção de leite se adapta ao consumo do bebê e tudo se normaliza. Para evitar estes problemas, a mãe deve usar sempre sutiã, já que existem modelos próprios para a mulher que está amamentando.
Evite recorrer às “bombinhas” para esvaziar o peito pois mesmo usadas com cuidado elas machucam o mamilo causando desde micro-rachaduras até lesões maiores. O uso de intermediários também deve ser evitado. Os protetores de silicone têm utilidade muito limitada e devem ser usados por curto período, como parte do tratamento de eventuais rachaduras no seio, só para “quebrar um galho”.
Um mamilo bem preparado pelos exercícios durante a gestação e com uma boa pega pelo bebê (o máximo de aréola na boca) dificilmente vai apresentar rachaduras. Caso elas ocorram, o melhor tratamento é o banho de sol diário, deixando os seios expostos durante uns 10 minutos, duas vezes por dia. Caso não haja sol, basta fazer um banho de luz, colocando-se uma lâmpada comum (de 40 watts) a uma distância de uns 30 centímetros dos seios e fazendo dois ou três banhos de 20 minutos cada por dia.
Que fique bem claro: só a sucção direta do mamilo pelo bebê garante o estímulo necessário para que o organismo materno continue produzindo a quantidade necessária de leite. E quanto mais o bebê mama mais leite é produzido.
Muitas mães se preocupam em saber se o seu leite está sendo bom para o bebê. Isto envolve dois aspectos, qualidade e quantidade. Quanto à qualidade, como já dissemos antes, não existe leite fraco e o leite de todas as mães é bom para seus bebês. Em relação à quantidade, o pediatra pode saber se o leite está sendo suficiente de várias formas, sendo que a mais objetiva é através do peso.
Um bebê bem alimentado ao seio engorda cerca de 30 gramas por dia nos primeiros meses. E molha muitas fraldas por dia! Se o pediatra detectar algum problema em relação à quantidade do leite nos primeiros dias, alguns fatores deverão ser revistos. Entre eles a técnica da amamentação, a alimentação da mãe e também fatores de ordem psicológica. Além disso, alguns pediatras optam por tentar estimular a produção do leite através do uso de alguns medicamentos.
Porém na maioria dos casos a produção é suficiente, desde que a mãe tome sempre muito líquido quando tiver sede e um copo d’água antes de amamentar. E se mantenha bem tranqüila e motivada para amamentar. O uso de receitas tradicionais para aumentar o leite como canjica, cerveja preta, etc., não tem nenhum efeito científico comprovado. Mas usados de forma moderada também não têm nenhuma contra-indicação.
Em situações muito especiais o pediatra pode prescrever uma complementação com outro leite, temporariamente. Neste caso jamais use mamadeira ou chuca. Administre-o através de uma seringa, colher ou então de um copinho levando o leite diretamente à boca do bebê. Esta complementação deve durar o mínimo possível.
Isto é muito importante pois a forma pela qual o bebê mama o peito é completamente diferente da forma de mamar a mamadeira. Para mamar o peito o bebê tem de fazer um esforço maior, de ordenha, o que traz inúmeras vantagens para seu desenvolvimento futuro. A massagem das gengivas promove a harmonia do crescimento ósseo da face do bebê além de fortalecer toda a musculatura da região. Isto é bom para todos os bebê e fundamental para crianças com problemas especiais nessa musculatura. Já para mamar a mamadeira ele quase não faz esforço algum e a sucção é apenas labial.
É por este motivo que os bebês que mamam mamadeira acabam largando definitivamente o peito. Já ouvi uma vez, de uma mãe lindamente consciente e que estava amamentando seu filho, que ela não admitia em sua casa a existência de mamadeira pois sentia muito ciúmes dela!
Não é preciso dar nenhum outro alimento para o bebê além do leite materno até 6 meses de idade. Isto evita o desmame precoce, muito prejudicial à saúde do bebê!
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