Crianças de 2 a 6 anos
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Quando o casal se separa
É um fato bem conhecido que o número de separações vem aumentando gradativamente. Algumas estatísticas falam que até cinqüenta por cento dos casamentos se desfazem após cinco anos de união. Não vou aqui especular sobre as razões disso, minha preocupação é de que forma isso afeta as crianças. E como os pais devem agir nessa situação.
As dificuldades que levam um casal a se separar em geral começam bem antes da separação em si, e vão se agravando progressivamente. As crianças são extremamente sensíveis e observadoras, e capazes da captar as mínimas mudanças no ambiente ao seu redor. Quando o casal começa a ter dificuldades, mesmo que pequenas, a criança rapidamente sente. Imagine então naqueles casos onde o relacionamento se deteriora muito, chegando a discussões, brigas e até agressões.
Quero frisar que os pais não devem mentir para seus filhos, nem se calar quando os problemas existem. De forma simples e clara, em linguagem adequada, a criança deve ser informada das dificuldades. Sem grandes detalhes ou explicações aprofundadas, apenas o suficiente para que ela fique informada.
Ela vai sofrer? Sim, porém sofrerá menos do que com a omissão ou com as mentiras. A criança precisa, e tem o direito de saber.
Mantê-la informada é muito importante, pois geralmente a criança sente-se culpada pelos acontecimentos, imaginando que é dela a responsabilidade pelas dificuldades do casal. E este sentimento poderá se manifestar na forma de dores de cabeça, de barriga, dificuldades na escola, perda de controle das fezes ou urina, e muitos outros.
Quando a separação já está decidida, tudo deve ser informado, inclusive quais serão as alterações na vida dela, se houverem. Com quem e onde ela vai morar, se vai mudar de escola, e assim por diante. Mentiras como “o papai vai viajar por uns tempos” são lamentáveis.
Os pais devem deixar bem claro que estão se separando porque não se amam mais e não querem mais morar juntos, e que isso acontece às vezes entre os adultos. Mas que não acontece com as crianças, que ela sempre vai ser amada por seu pai e sua mãe. Pode ser necessário repetir estas informações periodicamente, durante algum tempo.
Outro ponto importante é o de se tentar, ao máximo, não falar mal da outra parte na frente da criança. Com isso ela não se sentirá pressionada a tomar partido na briga e a escolher um dos dois, o que não é saudável.
Entretanto, a criança sempre terá a vontade e a esperança de reunir novamente o casal. Por esta razão, um momento delicado é quando um deles inicia um novo relacionamento. E aí vêm as dúvidas: contar ou não para a criança? Apresentar ou não? Mentir, dizendo que á apenas um amigo, ou amiga? Apresentar e contar apenas quando for um relacionamento muito sério, de futuro?
A resposta está nos parágrafos anteriores. A criança não é boba, e sente-se muito bem quando a tratam com respeito, contando-lhe sempre a verdade.
Uma pessoa que é separada e cria um filho sozinha, não deve agir de forma diferente quanto aos princípios gerais da educação infantil. A separação é algo que traz sofrimento e dificuldades para todos os envolvidos, mas não deve servir de desculpa para deixar a criança mal-educada.
O processo de adaptação da criança à nova situação pode ser lento, mas tudo deve ir melhorando progressivamente. Quando os problemas são graves ou perduram por muito tempo, está indicada a obtenção de ajuda profissional especializada.
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