A educação para o trânsito – parte II

O uso de bicicletas só deverá ser feito quando a criança tiver noção clara dos riscos e conhecer as principais regras de trânsito. Mesmo assim vários cuidados devem ser observados. O primeiro deles é o uso de roupas adequadas, claras e coloridas, que permitam uma boa visualização do jovem pelos motoristas. O uso de equipamentos de segurança, como capacete, cotoveleiras e joelheiras é fundamental. O itinerário que será permitido deve ser estudado com cuidado e praticado sob supervisão, antes de ser liberado.

O adolescente, com menos de dezoito anos de idade, pode dirigir? Não, não pode e não deve. “Ah, mas meu filho dirige bem, já aprendeu há muitos anos…” Ensine seu filho a cumprir a lei. E a lei estabelece que apenas a partir de dezoito anos o jovem pode habilitar-se para dirigir. Seja firme e não permita que seu filho cometa, com sua cumplicidade, uma grave transgressão.

Como dissemos em outro artigo, as crianças aprendem observando e imitando os adultos, não adianta fazer discursos. O adulto deve conhecer e respeitar o código de trânsito, mesmo nas pequenas coisas. Quem quiser dormir tranqüilo sabendo que seu filho adolescente está se portando com segurança no trânsito quando sai sozinho de casa, deve praticar isso frente ao filho, desde pequeno.

Respeite o semáforo, os pedestres, o limite de velocidade. Dê passagem, seja cortês. Não use o celular enquanto dirige. Quando pedestre, espere o semáforo abrir e só atravesse na faixa de segurança.

Seja, enfim, aquilo que você quer que seu filho seja. Faça o que você quer que ele faça! Seja o modelo de que ele precisa para aprender as boas regras de convivência no trânsito.

Através dos estudos de saúde pública, sabemos que os acidentes de trânsito estão entre as principais causas de morte entre adolescentes e pessoas da terceira idade. Se as crianças tiverem uma boa educação para o trânsito desde pequenas, esta triste realidade poderá ser modificada.

Ruy do Amaral Pupo Filho
Pediatra, Sanitarista e Escritor