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Crianças de 2 a 6 anos

As melhores dicas de desenvolvimento, saúde, educação, comportamento e entretenimento para os pequenos.

Valores básicos

Educar é, entre outras coisas, ensinar valores básicos positivos para a criança. Mas quais são esses valores, quais são os conceitos corretos a serem transmitidos?

A resposta pode depender de vários fatores, como a época, a cultura da família, a região ou o país em que se vive.

Mas existem valores que são universais e devem ser ensinados à criança. Honestidade, lealdade, companheirismo, por exemplo. Como dito antes, devem ser valores praticados pelo adulto, para servir como modelo. Só o discurso não basta.

Vivemos hoje em uma sociedade excessivamente materialista, onde os valores espirituais estão desacreditados. Quem manda e impõe os padrões é a mídia, através da propaganda, da televisão, do cinema, da internet, das revistas, etc.

A dificílima tarefa dos pais é praticar e ensinar valores  que se contrapõem ao divulgado pela mídia. Não se engane, ela é uma força poderosa, mas que, com raras exceções, trabalha em sentido contrário ao seu!

Devemos ensinar as crianças a não serem materialistas e consumistas. Mostrar a elas o valor das coisas espirituais. Desenvolver nelas a beleza e a alegria de viver em paz e harmonia com a natureza, com as pessoas, plantas e os animais. Ter um animal de estimação pode ser um ótimo auxiliar para desenvolver na criança muitas destas qualidades positivas.

As religiões, todas elas, são uma forma essencial de dar às crianças um grande senso de valor das coisas espirituais.

É preciso que a criança saiba que sentimentos como a cobiça e a inveja, embora façam parte da natureza humana, podem ser muito prejudiciais. Por isso devemos impedir que cresçam dentro de nós e que se tornem parte prioritária de nossas vidas. Deve-se evitar as constantes comparações com a situação econômica e material de vizinhos, familiares, conhecidos e artistas.

Outra prática negativa é a chantagem, onde se obtém um comportamento da criança em troca de presentes ou concessões. É preciso que a criança aprenda que deve fazer algo que o adulto estipulou, porque aquilo é bom ou necessário para ela, embora muitas vezes desagradável. E não porque vai ganhar algo em troca. O recurso do presente deve ser usado com muito cuidado e reservado a situações muito especiais. Quando se torna prática rotineira, o que é muito comum, o resultado é desastroso.

E mais: não troque afeto, carinho e atenção por presentes e coisas materiais. Ou, em outras palavras, não troque presença por presente…

Uma ótima iniciativa é procurar desenvolver na criança um forte espírito crítico, para que ela possa avaliar por si mesma tudo aquilo que ouve e vê. Assim ela poderá relativizar as mensagens, geralmente negativas, que recebe continuamente da mídia, em especial da televisão. Ensine-a a pensar e a comparar o que ouve e vê, com aquilo que efetivamente sente.

Mas, prepare-se! Uma criança com senso crítico desenvolvido tornará sua tarefa de educá-la ainda mais difícil, pois cobrará de você explicações convincentes e coerentes sobre suas determinações. E isto com certeza vai torná-lo também melhor, mais educado e mais apto a educar alguém.

Outra postura positiva fundamental, muito escassa atualmente, é a tolerância. Sabemos hoje que a diversidade é uma das riquezas da natureza. Que não existem dois seres humanos iguais, e que todos tem seu valor. As crianças devem aprender a conviver com as diferenças individuais, sejam elas de cor, religião, sociais, geográficas ou culturais, respeitando a todos.

O contrário é a intolerância, tão comum no mundo atual, e causa de tanto sofrimento. E ela anda de mãos dadas com o preconceito. Eduque seu filho a respeitar o branco, o negro, o amarelo, o judeu, o católico, o protestante, o umbandista, o espírita, o homossexual, o deficiente, o velho, a mulher, quem nasce no norte, no sul, no interior, na capital, o rico, o pobre, etc., etc. Todos, enfim, que sejam diferentes do que ele é ou pensa ser.

E o preconceito e a intolerância vivem e se renovam diariamente em nossas palavras e atitudes. Evite-os, dê o exemplo! Elimine de sua mente, do seu coração e do seu vocabulário os estereótipos como: loura burra, preto safado, branco azedo, baiano burro, paulista aflito, carioca folgado, bicha safada, sapatona agressiva, retardado burro, gordo preguiçoso, judeu ganancioso, palestino violento, etc., etc. Faça a sua própria lista, analise quais os preconceitos que você, muitas vezes sem perceber, está passando para seus filhos…

Se não concordar, ou por alguma outra razão não quiser fazer nada disto, no mínimo ensine seu filho a respeitar os velhos. Afinal, o tempo passa para todos e  amanhã o velho será você…

Só haverá paz na Terra quando estes valores básicos estiverem, verdadeiramente, no coração de todas as crianças, e elas se tornarem os adultos que dirigirão o mundo. Faça a sua parte!

Ruy do Amaral Pupo Filho
Pediatra, Sanitarista e Escritor

 
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